domingo, 25 de setembro de 2011

Leveza de Ser- Instalação- UNIRIO





Exposição na Galeria de Arte UNIRIO.
 É uma instalação.organização que ocupa o ambiente. O observador ao se deparar com esta única obra, no centro da galeria, reage.Há uma alteração em sua experiência tempo/espaço e uma proposta de interação com o trabalho.
                   espaço+  matéria bucha vegetal tingida+ espelho + o fruidor= obra.




Ao entrar no espaço expositivo, um de cada vez, a pessoa aproxima-se do espelho. A princípio se vê de ponta-cabeça e continuando o caminhar até a obra, se percebe dilatado, maior e se depara com os dizeres " leveza de ser eu". São letras miúdas que quem quer ler, chega bem perto, e é só então, que a obra se faz.



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tempo de Leitura- a máquina de fazer espanhóis-valter hugo mãe

aquilo que não se pode mais fazer- uma dose de renúncia- melancolia- o lugar para onde a família leva o idoso- as experiências vividas- um "novo" quarto, um novo lar, o asilo
 que fim levou, sua inscrição no tempo, na vida e na história?-
liberdade/censura
jack messy no livro -a pessoa idosa não existe, o autor , na sua visão psicanalítica diz:  "... o desejo não tem idade". explica que a pessoa após vivenciar tantas experiências em sua longa vida, é seu organismo que envelhece, mas torna-se imprescindível que ela responda às necessidades do dia-a-dia. assim é que os passeios, os amigos, as atividades culturais, como jogos,  dança, música e teatro, são atividades que se deve praticar frequentemente.
    valter hugo mãe, parece já ter vivido muitos anos e do alto de seus  84 anos, escreve  a máquina de fazer espanhóis,onde como narrador, encontra-se esvaziado de sabedoria ,e que está onde não quer, mas que sendo "livre", é ali que deve ficar, no asilo. a perda de sua mulher não lhe sai da lembrança e é só, que tenta viver seu luto, sua saudade. passado o luto, ele conquista amigos e se diverte.
..."que importa a um homem de cem anos que o tempo passe. a mim importa-me é que não teime passar, que fique quieto, o estupor do tempo, e que me deixe ir dar as minhas voltas..."pag 124
..." nos punham de boca fechada porque o ditador achava que sabia tudo por nós," pag 132
..."ia-me desencantando com tudo, mas do que descobrir opções ou saber colocar-me bem, eu sabia sobretudo que progressivamente todas as coisas perdiam colorido e se tornavam como que fardos perante os quais nos soterrávamos mais e mais sem refilar" pag 135
..." esticou-se ali , a dividir as pontas da almofada comigo e subitamente ficou quieto, silenciado, como se tivesse vindo pedir colo à mãe, ao pai, como se fosse criança e tivesse medo do escuro." pag 139
Era um anjo
..." não gosto dessa teoria dos peixes, porque assim não se lembraria de mim" pag 240
.
"...era tanto quanto família.era uma irmandade de coração, uma capacidade de se ser leal como nenhuma outra..." pag 244
"... o amor podia ser outra coisa, como uma energia entre pessoas, indistintamrnte, um respeito e um cuidado pelas pessoas todas."
"...e eu acabara de aprender que a vida tem de ser mais à deriva, mais ao acaso, porque quem se guarda de tudo foge de tudo." pag 245

sábado, 17 de setembro de 2011

Ferreira Gullar

Era uma tarde agradável, dia 11 de agosto, as 15:00 horas. Fui ouvir Ferreira Gullar. Logo de início fiquei  encantada com sua performance. É que, para chegar ao palco de onde falaria, Gullar subiu uns seis degraus, com a ligeireza de um garoto peralta! E eu disse -OH!que danado!!! Daí pra frente foi só
encantamento.Contando de sua vida , engajamento político e de seu exilio , estando em Buenos Aires passou a pensar que teria que vomitar sua vida. "Só que naquele dia, não conseguiu vomitar. Terei que provocar o vômito?" No outro dia nada também.
Então Gullar começou a falar seu "Poema Sujo" que eu não preparada para ouví-lo naquele momento, ouvi ruidos de quando temos ânsia de vômito-ele falou bem perto do microfone com voz forte:
turvo turvo
a turva
mão do sopro
contra o muro
escuro
menos menos menos escuro...
Segundo ele este poema não tem início nem fim e eu pensei - é só o começo , quando o vomitado ainda não veio.No Poema Sujo, cria metáforas- corpo da cidade/seu corpo. Movimentos reais e imaginários.

Contou-nos que numa certa ocasião, foi assaltado por um jasmineiro. Na casa da namorada, ao passar pelo jardim, foi assaltado pelo cheiro de jasmins." Era até agressivo!" Arrancou algumas flores , apertando-as na mão, até chegar a casa. Cheirava  aquelas flores esmagadas que exalavam odor forte e pensou em fazer um poema. Naquela noite o poema não veio. No outro dia saiu... As pessoas que o assistiam queriam que ele falasse desse assalto, mas o poeta não se lembrava ".Isto foi em 1977."
O tema de hoje,  é sobre Poéticas da arte. 
Comentou sobre o ACASO na Vida e na Arte. Disse que foi convocado pra ir representar o Brasil na Feira de Frankfourt e ficou na duvida se iria ou não. Mas foi. Lá, no meio de tanta gente, disse ele-"Encontrei Claudia , que se tornou minha companheira" Foi o acaso que supriu uma necessidade.
Na arte também é assim. Se o pintor sai dos ismos , onde as exigências fazem constatar onde está encaixado o artista, ele entra no seu tema e dá lugar para o acaso. Ele não sabe para onde aquela pintura o levará.
Claro que o poeta deu um show de apresentação e de simpatia. Eu, bem... quero só registrar que estava lá e gostei muito do que vi e ouvi.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro

Se somarmos as obras de 700 artistas ,aos outros de 83 galerias do Brasil  e de várias partes do mundo,algumas representando 11 artistas, penso que dois galpões do Pier Mauá, não foram suficientes.Mas os galeristas estavam contentes com as vendas e os colecionadores comemoravam.
 Como fui hoje, domingo, soube que no 1º dia, o público foi de 35 mil pessoas ; no 2º dia, passaram pela feira, cerca de 50 mil pessoas
.Por parte do público,  muitos perguntando: de quem é essa obra? As pessoas dos "stands" respondiam  gentilmente, e informavam que não havia nomes, porque as vendas eram rápidas e não dava tempo... Uma outra galerista disse que era para que o visitante procurasse o responsável em cada estande e outros disseram que na próxima vez, colocarão os nomes dos artistas nas obras.
 Para os colecionadores, que estavam satisfeitos com a organização e os galeristas com as vendas, o evento foi ótimo!
Quando saí da exposição, tive uma vaga ideia do que é uma Feira de Arte Saiu na revista Veja, um guia e quem não foi para comprar obras, o público, em sua maioria, se fartou ao encontrar, perguntar , perturbar-se , na busca de realizar seu intento - apreciar arte.E valeu muito!
 Esta foi a primeira Feira no Rio .Ano que vem tem mais! Com certeza muito melhor!
Obras de Ana Vidigal- Potugal

Obra de Matt Mullian- Pastel de óleo sobre tela e colagens de tecidos.

                                                  

 Ascânio
MMM
                                        Beatriz Milhazes



Rauschenberg
                                                                                                                   Ivan Serpa

Ligia Pape



Fernanda Quinderé



Hélio Piticica

Marcius Galan

RaulMourão

  ã

 
Ivan Navarro Puerta del Sol

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

As Mulheres de Nelson Mandela

Evelyn Ntoko Mase, era enfermeira ela custeou os estudos  de Nelson Mandela, quando estudante de Direito. Casou-se com ele e tiveram quatro filhos. Evelyn nasceu em 1922  e depois de separar-se de Mandela, com quem viveu 13 anos , casou-se novamente, aos 77 anos e viveu até os 82 anos, falecendo em 2004.     




Winnie Madikizela, ativista, atuando como lider na luta contra o racismo, o Apharteid, é membro do Comitê Executivo Nacional Africano. Em sua homenagem, será lançado uma Ópera contando toda a sua vida, Foi casada com o Presidente sul africano, Nelson Mandela durante todo o período em que ele esteve preso, acusado por sua participação político-social, lutando por uma sociedade mais livre e contra o preconceito aos negros.
Graça Machel, nasceu em 1945, formou-se em Filologia da língua Alemã, pela Universidade de Lisboa. Casou-se com Samora Machel, presidente moçambicano, falecido em 1986.Graça foi Ministra da Educação e Cultura por 14 anos e em 1990, foi Secretária Geral da Organização das Nações Unidas para o Estudo dos Conflitos Armados na Infância.Em 1990, Graça casou-se com Nelson Mandela que foi o primeiro presidente negro da África do Sul.