terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pequenos Amores de Gracinda Rosa

Gracinda, através de sua narrativa poética,sonhadora, traduz aqueles sentimentos mais profundos que nos invadem quando estamos amando. O livro traz cada encontro seu, permeado de sensibilidade, afeto e doçura de uma jovem de 21 anos. Ou seria de 12 anos?
Ao  ouvir hoje,Gracinda contando coisas, narrando fatos, explicando sobre sua vasta biblioteca, não sinto diferença da autora de "Pequenos Amores", pois seu coração é doce e acolhedor. Então, concluo, que ela é mesmo assim, uma jovem mulher amorosa, atenta, generosa e, sobretudo, delicada .
O livro que termino aqui, hoje,  mostra uma Gracinda independente desde os 12 anos. Os amigos que a amaram e que permeiam seu livro, seu irmão tão camarada e sua história poética, tudo isso prossegue, com mais experiência, mais vigor e mais sabedoria. Bravo Gracinda !

domingo, 20 de novembro de 2011

Cartas de José Duayer

Duayer é jornalista  e como fotógrafo e cartunista trabalhou no Pasquim em sua fase áurea.
Publicou três livros infantis e hoje apresenta ao público mais um-
 Cartas.
Fala da nossa comunicação através de emails e nos remete àqueles tempos, onde esperávamos, me lembro bem, até uma semana para recebermos resposta de uma cartinha.
            Duayer valoriza, de forma lúdica, a simplificação das palavras e dos símbolos na internet e fala da facilidade de  encontrarmos um novo amigo, com um clic. Simples assim.
É um livro para crianças mas que faz o adulto pensar...



sábado, 19 de novembro de 2011

O Palhaço

O Palhaço
  Paulo José e Selton Mello são palhaços. O filme não é recomendado para menores de 10 anos. História mambembe que arrasta em meio a poeira das estradas, as vidas sem graça de Pangaré e Puro Sangue. Todo prefeito dos lugarejos onde o circo faz apresentações, comparece com sua mulher, abrilhantando o acontecimento que está mais pra chorar do que fazer rir. É um drama. As piadas não têm graça ... A vida, realidade  cruel para quem tem que unir toda a “trupe” para conseguir pagar coisas e levar o caminhão para um próximo local. Inquietante! Há dois desejos que movem um dos palhaços; o mais novo: ter um ventilador e conseguir peça íntima para uma das artistas do circo.
 Olhares que espreitam aquelas paragens, mostram-nos, várias vezes o palhaço tristonho observando aquela terra árida. Talvez, arrisco, pensando: Não quero esta vida!
O ventilador? Como iria funcionar? Mas, me parece, foi seu primeiro momento de alegria.
O sutiã? Bem, este fica por conta de nossa imaginação. Ele poderia nos remeter  a camaradagem com o pedido do outro; o sentido do colo, do aconchego ou a busca do primeiro objeto que gera satisfação.
Não vemos este problema resolvido. Então, poderíamos falar da falta?
Depois de Othon Bastos, considero Paulo José e depois Selton Mello, os meus atores preferidos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Musgo- 2009 e Objetos Coletores de Água-2011 Búzios RJ

O Musgo- fragmentos de bucha vegetal tingida. Obra fixada num poste de Búzios, onde ocorreu uma intervenção na Rua do Canto. Todos os artistas, do Grupo 4x4, participaram deste Evento. No espaço urbano a obra se expande e se completa com o olhar do fruidor.
Importante, foi também, o animado encontro com os artistas durante a montagem dos trabalhos. Ficou uma exposição lindíssima!
Novembro de 2011 e lá vamos nós novamente. Apresento a obra - Objetos Coletoras de Água. É uma instalação-pintura em acrílico sobre papel e vários baldes. A obra traz à tona o tema do aquecimento global. Para  o derretimento das geleiras, quais as nossas ferramentas?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pimentel e o guarda-chuva

 Poeta, escritor, jornalista, comemora no início de 2012, seus 100 anos de vida!Todos conhecem Pimentel.
Estava na pracinha do Cinema Icaraí e ouvi as pessoas falando em Pimentel. Fiquei atenta. Então o avistei e alardeei: Lá vem o Pimentel! Mas uma colega disse: Primeiro ele fará um lanche no Ponto Jovem! Mais um tempinho e chega Pimentel.
 Nas mãos uma pequena saca com um livro. O médico disse que posso carregar somente um lenço de seda, disse ele. Então não ponham mais coisas nesta saca, ia avisando, enquanto alguém lhe entregava os jornais do dia.

Então Pimentel contou: Estava passando por uma loja e uma pessoa me abordou dizendo que o tempo estava mudando e que eu não portava guarda-chuva. Ela entrou na loja e trouxe um.  Apertou num botão, abriu o guarda-chuva e disse: Veja se vc o abre e leva , porque vai chover! Eu (então ele mostrou seus dedinhos )tentei, porém não consegui abrir. Então uni os dois polegares e apertei com toda força e não consegui. Perguntei para a moça se todos abriam o guarda-chuva e ela disse que sim.
Então, comenta ele:
"Eu tenho 100 anos. Já é um milagre eu sair só, me orientar e estar aqui com os amigos. Vou brigar com um guarda-chuva? Quero encontrar um que eu possa abrir."

sábado, 12 de novembro de 2011

A Pele que Habito


Li algumas notícias sobre Tarântula, obra de Thierry Joquet. É um horror quando fala: das perdas; de vingança sórdida quando captura o rapaz que teria abusado de sua filha; da banalização quanto a morte e assassínio; de submissão; abandono e desencontros.
Fui ver Almadóvar com essas referências e  então, a cada cena forte, esperava um desfecho mais trágico ainda... Sem tantas atrocidades, mas nem por isso mais leve, saí do cinema com um nó no peito, meio tonta e sem palavras...
Banderas (lindíssimo), o cirurgião plástico Robert, quer vingar sua filha e encontra Vincent, dando a este a oportunidade de ser o que desejava. É que para mim, o filme acontece no final.