quarta-feira, 30 de maio de 2012

Encontro- Abrindo o Baú



Um encontro informal- Claudia- Angela- Luzia- Beth- Gracinha- Cristina- Fernanda- Gloria- Gracinda- Elô e Heloisa. Por motivos mais que justos sentimos falta de:  Clara- Elenir- Olga
Maura- Marta e Enedina.
Começamos com uma brincadeira-
Arte post-it
Com  papéis coloridos coláveis e descartáveis  cada grupo  fez sua arte.
 De onde vem esta idéia?
 Para marcar livros, estes pequenos papéis foram usados nas janelas de um escritório na França. Onde trabalham, funcionários resolveram  criar  com os post it e ofereceram um belo visual para os frequentadores do prédio da frente. Estes responderam com outra obra e assim a arte foi se espalhando...
Como naquele momento em que nos reunimos, não havia possibilidade de usarmos as janelas, fizemos nossa arte no papel. Depois foi só fotografar
  



Num segundo momento cada um contou seu caso de infância. Como  não faremos hoje, o relato dos mesmos, vai aí um pequeno trecho  de cada caso-
Beth “Certo dia um “sábio disse a uma infante:
Saia de cima da brita, cabrita!”
Elô “ Hoje cada vez que a mulher duvida, a menina exibe sua verdade.”
Gracinha “se fosse pra salvar uma pessoa até eu pularia no rio. Mas por causa de um tamanco!”
Luzia “ Na saída do cinema corria pulando apavorada pensando que o vampiro poderia pegar meu pé”!
Heloisa “lembro-me que contavam que eu havia nascido de fórceps, com a perna quebrada...”
Angela “ Lembro que jogava frescobol na praia, e andava  nas costas de meu pai”
Claudia “ minhas lembranças  remetem a Copacabana onde morei e aos  passeios de bicicletas com meu irmão. Ao passarmos na galeria onde se falava que era o lugar das prostitutas, ali eu fechava os olhos”
Cristina “Éramos pequenas e andávamos pela estrada quando veio uma manada galopando. Corremos para o mato e os bois passaram- senti muito medo pois éramos só crianças e o trajeto era longo.”
Gracinda a escritora e nossa convidada muito especial que tem todos os seus  casos para publicação de seu livro ),” caiu no poço e engoliu muitos sapinhos”
Fernanda se lembrou de uma chuva que encheu as ruas e que foi com a irmã de bicicleta até a casa, com autorização do pai." No trajeto caí no bueiro!”
Claudia, fechou muito bem o Baú:
 "Entrando em contato com as lembranças da infância veio a palavra memória imediatamente.
Os artistas gravam em suas obras uma memória que será eternizada em um espaço museu.
A memória era considerada sobrenatural pelos antigos gregos e causava espanto e admiração. Uma boa memória era considerado um presente dos deuses.
No mundo contemporâneo continuam a valer as palavras de Santo Agostinho: “...é lá que me encontro em mim mesmo, e recordo das ações que fiz, o seu tempo, lugar e até os sentimentos que me dominaram...”
A memória é a nossa identidade, ela nos diz o que somos.
As lembranças e recordações nos revelam a nós mesmos."




quinta-feira, 24 de maio de 2012

Castro Alves


CASTRO ALVES



O baiano Castro Alves nasceu em 1874. Viveu apenas 24 anos. Perdeu sua mãe com a idade de 12 anos e seu pai casou-se novamente. Nesta data , ele e o irmão foram morar na Bahia e os dois eram companheiros nas conversas e decisões a serem tomadas daí pra frente. Seu irmão suicida-se .
Castro Alves matricula-se na Faculdade de Direito de Recife.
Durante sua vida amorosa, apaixonou-se por duas mulheres- Eugênia Câmara que foi sua companheira e por Agnese Trinci Murri, seu amor platônico e sua musa inspiradora.
Desde os 3 anos escrevia alguns poemas. Gostava de caminhar e desde a infância observava o condição de vida dos negros e a vida muitas vezes hipócrita da sociedade em que vivia.  Sua sensibilidade o fez escrever muitos poemas.
Em 1870, lança “Espumas Flutuantes”.
Castro Alves é um poeta social e muito humano, e esses predicados o diferenciava dos poetas de sua época que falavam do social de forma evasiva e delicada. Ao contrário, ele tão sensível  que era a situação dos negros, fazia denúncias de forma direta e incisiva. Escreveu sobre esse tema: Os Escravos, Vozes d’África, Navio negreiro e outros.
                          “Prantos de sangue- vagas escarlates-
                            Toldam teus rios-  lúbricos Eufrates-
                                     Dos servos do Sião
                             E as palmeiras se torcem torturadas,
                             Quando escutam dos morros nas quebradas
                                      O grito de  aflição.”
Informalmente, fazia umas confissões:
“...sou pequeno- mas só fito os Andes.”
“Amar-te ainda é melhor do que ser Deus.”

Em QUEIMADAS, fala que o coração de mata sangra, pela grande devastação, onde tombam as selvas seculares.



Filme - Natureza Selvagem


Filme – NATUREZA SELVAGEM


Este filme baseado em história verdadeira, acontece no início da década de noventa, quando Chistopher  McCandless  formado em Direito, abandona namorada , família próspera que lhe oferece uma vida confortável, para lançar-se na Natureza Selvagem, em busca de seu objetivo: ficar distante dessa sociedade, do consumo e viver vida mais livre. Em suas andanças percebe-se que a natureza que tanto ama, não lhe é tão fiel e amiga. Pelo contrário, naquele cenário das belas  paisagens americanas que ele contempla várias vezes,  trava também embate para saciar sua sede, fome e cuidados com higiene. O que a nós parece solidão, ao rapaz é conquista e alegria.
Chistopher abandona pelo caminho seu velho carro, queima dinheiro, e não faz vínculo mais profundo com pessoas com as quais interage  ao longo de sua busca.  Simpático, consegue trabalhar quando quer. Cativa e consegue quarto para dormir, mas sua vida não comporta regras e organização. Ele quer estar solto,  só e gosta de viver assim.
Mudou de nome, trocou sua identidade. Jogou no lixo a placa de seu carro e vai assim tendo gestos que o distancia das pessoa, principalmente da família.
Parafraseou Thoreau-“Em vez de amor, dinheiro, fama, me dê a verdade.” Lia também Tolstoi.
Numa cena inesquecível Chistopher se olha no espelho e diz- eu posso, numa atitude bem contemporânea que trabalha a auto-estima e de dentro se busca forças que às vezes não se sabe  possuir..
 Não há lugar para sentimentos, alegria, satisfação, amor, pois a procura é o que o anima.
Fome, frio e extrema solidão. Desnutrido e envenenado, nós o vemos no Alasca  em seus minutos finais  e como que num frágil sonho ele vê sua família e num sussurro diz que a felicidade só  é verdadeira, quando  compartilhada.