sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DOM QUIXOTE de Miguel de Cervantes





Dom Quixote Queijada ou Queixada vivia numa aldeia da Mancha- era um fidalgo de lança e cabide. Era magro. Um rapaz que  fazia de tudo um
pouco. Em sua casa, a criada tinha 40 e uma sobrinha uns 20 anos.
Dom Quixote sempre ocioso lia livros de cavalaria. Para comprar os livros ia desfazendo de alguns bens. Gostava do autor Feliciano Silva.  Lia durante o dia e numa noite seu cérebro secou e ele passou a delirar. Da leitura passou a ação querendo imitar os cavaleiros andantes pois  tudo que lia lhe parecia verdadeiro. P.63
Por estar sem juízo, imaginou-se um cavaleiro andante que saía pelo mundo em busca de fazer o bem, salvar donzelas e como resultado tornar-se famoso e conhecido. Armou-se de uma velha espada, armadura e elmo. Comparando-se aos cavaleiros da sua leitura, foi buscar seu pangaré, a que deu o nome de Rocinante. P.65. Ele, seria o  dom Quixote de La Mancha. Faltava uma dama para se apaixonar e elegeu Dulcinéia Del Toboso a quem ofereceria suas façanhas e se ofereceria para que ela fizesse dele o que bem queria. P.66
Apressando-se à ação, pegou sua armadura, elmo, empunhou a lança, montou em seu cavalo e partiu em manhã de dia quente.
Não poderia fazer uso da arma pois estava fora da lei da cavalaria. Andou pelo campo de Montiel. Pensou que seria lembrado no futuro com imagens, esculturas e dizia como quem está apaixonado: “Oh! Princesa Dulcineia senhora desse cativo coração...” p.69
Relatam que sua primeira aventura foi em Puerto Lápice e outros dizem que foi a dos moinhos de vento. Cavalgou por muito tempo e sentiu fome. Viu ao longe uma estalagem e pensou ser esta o palácio de sua redenção.  Junto a porta estavam duas prostitutas que chegaram ali com os tropeiros de Sevilha. Ele viu a Castelo com 4 torres de telhados cônicos de prata cintilante. Viu também a ponte levadiça e o fosso profundo. Esperava que os anões fossem tocar  as trombetas anunciando sua visita. Como isso não aconteceu, foi entrando e encontrou duas mulheres. Ali perto o guardador de porcos tocou a trompa que os porcos obedeciam e Dom Quixote viu nessa cena os tais anões. Ao entrar no “castelo”, as mulheres  queriam correr vendo pessoa empoeirada, com viseira de papelão mas, nosso herói disse que elas ficassem tranquilas que ele as salvaria. Ele as tratava de donzelas e elas riam muito. O dono da estalagem também teve vontade de rir mas conteve-se. Avisou que não havia vaga para hóspedes mas Dom Quixote insistiu e acabou conseguindo pernoitar ali. Ao descer de seu pangaré falou que esse cavalo “ era a melhor jóia que pastava no mundo.” P. 71 Nosso herói permaneceu com seu elmo e era uma figura super estranha. Pensando que as mulheres eram grandes damas desse castelo disse-lhes que: “... nunca fora cavaleiro de damas tão bem servido...”p.72
Só poderia combater e se lançar em aventuras se recebesse ordem de cavalaria.”p.73 e pediu ao dono da estalagem que lhe concedesse essa honra. Este vendo que nosso herói não tinha juízo e querendo que ele partisse logo, tratou de ir para o campo e dizendo palavras desconexas o sagrou cavaleiro. Perguntou se trazia dinheiro ou camisas mas Dom Quixote disse-lhe que cavaleiro não anda com dinheiro, no que o outro retrucou que sim e também com arca com ungento caso se ferisse. Deu várias voltas e descansou sua armadura no poço. Passando naquela região, um tropeiro parou para dar água aos cavalos e para tanto, precisou retirar do bebedouro a armadura. Dom Quixote reagiu: “-O lá quem que sejas, cavaleiro atrevido que chegas para tocar a armadura do mais valente andante que jamais empunhou espada! Olha o que fazer e não a toques, se não quiseres deixar a vida como paga por teu atrevimento.” P.77 Soltou a adaga e derrubou o tropeiro. Outro que chegou ele fez o mesmo. Todos que viam aquilo jogavam pedra em Dom Quixote e este ficou ali sem poder sair porque vigiava sua armadura. O estaleiro pedia que parassem com aquilo porque se tratava de um louco e ele poderia matar muitos. Dom Quixote gritava mais ainda dizendo que ali estava um bando de traidores e que o estaleiro (= dono do castelo) era um covarde. Sagrado-o cavaleiro o dono da estalagem queria ver-se livre de Dom Quixote e este após receber essa honrosa condecoração partiu.
Ao lembrar-se do que lhe disse o hospedeiro, voltou para casa a fim de conseguir dinheiro. No percurso ouviu uns gemidos e encontrou um homem que batia num jovem amarrado a um tronco. Viu que se tratava de um explorador e exigiu que soltasse o preso pois aquele era um empregado que não recebia o pagamento de seus serviços. Dom Quixote obrigou o homem a pagar essa dívida o homem alegou que não tinha dinheiro mas se seu empregado voltasse com ele para casa, o pagaria. Nosso herói obrigou e empregado a seguir seu patrão que tão logo partiu, o homem continuou surrando o jovem. Dom Quixote prometeu que voltaria para castigá-lo caso ele não cumprisse o prometido e partiu.
Cavalgando, nosso herói encontra uma encruzilhada e para como todo bom cavaleiro, para escolher qual caminho iria tomar. Deu rédeas a seu pangaré para ele mesmo decidir. O cavalo tomou a estrada que os levaria a estrebaria.

No caminho encontraram mercadores de Toledo que iam comprar seda em Múrcia. Eram seis e tinham seus criados que puxavam as mulas e caminhavam a pé. P.85 Quixote postou-se no meio da estrada e disse palavras que os mercadores perceberam que se tratava de um louco. Ao falar de Dulcineia, os cavaleiros pediram que ele a mostrasse para eles no que nosso herói retrucou que bastava crer. Na conversa os mercadores irritaram dom Quixote que partiu para atacá-los. Um dos criados resolveu reagir quebrando a espada e surrou tanto nosso herói que ele ficou em bagaço. p.88 Dizia, ainda caído uns versos e quando alguém lhe perguntou quem fizera isso, ele respondeu fiel a história. Pensara se tratar do marquês de Mântera, seu tio. Que se tratava tal qual a história La Diana de Jorge de Montemayor, o mouro de Abindarráz, quando o alcaide de Anteguerra Podrigo de Narváez o prendeu e o levou a sua fortaleza. Dom Quixote dizia ser seu desejo, superar os personagens da história.

  O camponês o reconheceu montou-o no cavalo e caminhou com ele até o povoado. Percebeu a loucura do vizinho e queria se livrar dele. Chegaram a casa de dom Quixote e lá encontraram seus velhos amigos- o padre, o barbeiro e a sobrinha. Eles diziam que os livros que dom Quixote leu, fez com que ele perdesse a cabeça. Colocaram o amo na cama e não encontraram feridas em seu corpo. Mas ele insistia que havia combatido com 10 gigantes. Não queria responder perguntas: só comer e dormir.

P. 95- Dá-se a queima dos livros e uns são selecionados. Com a gritaria de dom Quixote, que queria encontrar o quarto dos livros, não se examinou mais livros e todos foram para o fogo. Dom Quixote levantou-se mas foi pego a força para voltar pra cama. Alguns livros foram emparedados de modo que ao levantar-se novamente, ele não os encontraria. p.104  A sobrinha disse que tal façanha deve-se ao mago Manhatão no que nosso herói disse tratar-se de um inimigo pois favorecia a quem ele chamaria para uma batalha. p.105 Ficou 10 dias acamado e quando melhorou convidou seu vizinho para ser seu escudeiro: Era Sancho Pança e ele tinha miolo mole. Prometeu que após o serviço, lhe daria uma ilha para governar e depois completou dizendo que após travar as batalhas, mataria todos e teria um reino, que ligado ao seu poderia também fazer Sancho Pança um rei. Os Moinhos de Vento- p.110. Nessa luta com os gigantes monstruosos, quebrou sua espada. Partiram dali em direção a Puerto Lápice, onde segundo Dom Quixote encontrariam diferentes aventuras. Quanto a espada quebrada faria como Vargas y Machuca, pegando um galho de carvalho. Tal como os cavaleiros dos livros que lia ele não parava de pensar na sua Dulcineia. Ele não queria comer e sim alimentar-se de suas lembranças saborosas.

Os frades de preto que se aproximavam  e uma senhora que por coincidência também fazia o mesmo percurso, foram tidos por dom Quixote  como- uma princesa raptada e avançou para a estrada. “Gente endiabrada... “ p.114 Atacou um dos frades que ficou caído. Assim que se recuperou ele e seu colega  correram para a estrada. Ao outro grupo dom Quixote disse palavras que eles logo o chamaram para uma luta. Foi atingido em seu braço e chamou por Dulcineia. O basco combateu com dom Quixote e aqui o autor deixa a história sem um fim. Na conclusão da batalha o autor volta a falar do objetivo de dom Quixote de reparar afrontas, socorrer viúvas, amparar donzelas. p.122 “ Estando em um dia em Alcará de Toledo, chegou um rapaz vendendo uns cadernos e papéis velhos a um trapeiro, e, como gosto de ler até papéis rasgados das ruas, fui levado por essa inclinação natural a pegar um daqueles cadernos...” p. 123 Quem leu riu pois falava-se de Dulcineia. Ele lia História de dom Quixote de La Mancha  escrito por Cide Hamete Benengeli, historiador árabe. Na história o basco e dom Quixote lutaram e este foi atingido no ombro e o basco na cabeça e correu, quando nosso herói não lhe furou os olhos pois algumas mulheres pediam clemência. Nosso herói aceitou o pedido com uma condição: que fossem se apresentar a Dulcineia e que esta faria com elas o que bem quisesse. Elas aceitaram e ele confiante de que tudo iria ocorrer do modo que ordenou, não mais machucaria o basco.
Sancho Pança viu que tudo se acalmara, ajoelhou-se aos pés de dom Quixote e pediu a ilha prometida para governar. Este respondeu que seu acompanhante tivesse paciência e cavalgariam mais um pouco e ai sim teriam grandes batalhas. Sancho ajudou seu amo a montar  no pangaré, montou em seu burro e partiram.
Dom Quixote cavalgava tão rápido que Sancho Pança teve que gritar que o esperasse e disse para seu amo que seria melhor pedir refúgio numa igreja pois o surrado poderia vir através da Santa Irmandade  quando seriam presos. Nosso herói argumentou que jamais um cavaleiro é preso mesmo cometendo o maior crime e perguntou para o amigo se ele “...já viste cavaleiro mais valente do que eu em todo o mundo conhecido?” p.128 Perguntou também sobre leituras  e Sancho responde que não sabe ler nem escrever mas que nunca vira cavaleiro mais atrevido. Pediu que se tratasse pois da orelha saía muito sangue. Fala aí sobre o bálsamo de Ferrabrás.
p. 144
Dom Quixote resolve atacar os leões a pé. O leão se deitou e o tratador convenceu Dom Quixote que a batalha estava ganha. Agora ele se intitula Cavaleiro dos Leões. Dom Diego ficou observando que as palavras de Dom Quixote eram de um sábio mas suas ações eram desastres... concluindo que se tratava de um louco. Dom Quixote fala dos predicados de um cavaleiro andante e diz que hoje não há mais pessoas assim, com tantos predicados. Aconselhou ao garoto deixar a poesia que é um tanto estreita e passar a cavaleiro andante.
Cap XIX p,161. Casamento de Quitéria a quem Basílio amava. Ela se casaria com Camacho, rico.- era escolha de seu pai. Sancho- "cada ovelha com sua parelha"
Dom Quixote- ... pois o amor e o afeto com facilidade cegam os olhos da inteligência". p.165
No cap. XXI p.182  na hora do casamento, Basílio simula que se matava e pede Quitéria que se case com ele. Ela se casa e Basílio mostra que sua morte era uma farsa e que está casado com sua amada. Eles combinavam . Camacho se foi com os outros para a caverna de Montesinos. Dom Quixote entra nela e dorme. depois conta o que viu. Diz que estava encantado e sendo assim não teve fome e nem evacuou. Lá estava Dulcineia, mas ela não ouvia o que falava para ela.
Chega a estalagem mestre Pedro, do teatro e do  macaco. Um casal saem da cidade rumo de Paris. mestre Pedro diz belas palavras Uma turma acompanha os noivos. Dom Quixote intervém e mata, derruba os mouros e é avisado que eles são bonecos em cena.  Destruiu todo o cenário e os bonecos personagens. O narrador desta história e Cide Hamete que conta quem era mestre Pedro e o macaco. 

 

 

 

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