Grande Sertão:Veredas
De Guimarães Rosa
Riobaldo narra sua história. Relembra o
passado de jagunço, seu casamento com Otacília, o amor impossível a Diadorim, o
pacto que fez com o diabo pedindo ajuda na vingança contra Hermógenes,
Mora às margens do São Francisco, no baixo do ponta da Serra
das Maravilhas entre esse e a Serra dos Alegres , numa tapera dum sítio do
Caramujo, atrás das fontes do Verde, que verte no Paracatú, perto da Vila
Alegres e faz parte do bando chefiado por João Ramiro. Vivem em constantes
lutas com seus rivais.
Faz comentário sobre o delegado e seu capanga:
“...o ruim com o
ruim, termina para as espinheiras se quebrar.” P.17
“... nunca vi
cara de homem fornecida de natureza e maldade mais, do que nesse.” P.18
Sobre a vida no sertão:
“...sertão é
onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier que venha
armado!” p.19
Conta que numa desses ataques no distrito de Rio-Pardo, uma
bala o atingiu e ele se embrenhou pelas matas com muito medo e pensando em
Diadorim.
“...mas Diadorim é a minha neblina...”p. 36
Riobaldo ficava indeciso em amar
ou não Diadorim por se tratar de um homem. Ficava confuso pois o amigo era
forte/frágil, corajoso e delicado.
“... a raiva incerta, por ponto
de não ser possível dele gostar como queria no honrado e no final.” P.39
Relembrou com seu amigo Quelemém
que quando era menino Diadorim o ensinou a atravessar o Rio São Francisco com
muita coragem e que na idade madura aconteceu a mesma coisa.
Fala sobra a ruidade do homem e
relembra
“... toda saudade é uma espécie de
velhice.” Disse certa vez para Diadorim e ela com muita raiva deu seu
pronunciamento:
“Tem discórdia não, Riobaldo
amigo, se acalme.” P.40
“Abracei Diadorim, como as asas
de todos os pássaros. Pelo nome de seu pai, Joca Ramiro, eu agora matava e
morria, se bem.” P.41
Então agora sabemos que tanto
Diadorim quanto Riobaldo, querem vingar a morte de Joca Ramiro.
Neste bando todos trabalhavam
para o cruel Medeiro Vaz que nunca esmorecia e colocava todo seu bando à
perigo. Ele, quando jovem, recebeu uma grande fazenda. Mas vieram os jagunços e
cometeram desmandos desrespeitando mulheres e crianças.. Ele revoltado ateou fogo
na fazenda, abandonou tudo e saiu pelo mundo para impor justiça. Foram guerrear
no fundão da Bahia.
“Daí, se desceu mais, e, de repente,
chegamos numa baixada toda avistada, felizinha de aprazível, com uma lagoa
muito correta, rodeada de buritizal dos mais altos: buriti verde que afina e
esveste, belimbeleza.” P.45
Prosseguindo Diadorim conta que quando fora escalado para sentinela, Diadorim veio lhe fazer companhia e lhe disse que
em momentos de dificuldades ele se
lembrasse de sua mãe e de Joca Ramiro.
Continuando conta que entraram em muitos
arraiais, matando, furando os olhos, cortando línguas e orelhas. E se pensava
que todos vieram do inferno para fazer isso com as pessoas.
“Viver é muito perigoso.” P.49
Entraram pela mata e mais tarde falaram em dormir, Antes disso Diadorim fala:
"Pois dorme, Riobaldo, tudo há de resultar bem..." p.50
Embrenhados nas matas, cheios de fome, os homens de Medeiros Vaz mataram um macaco para alimento. Logo concluíram que não era um macaco que comiam mas sim José Alves, inteiramente nu, vagando pelas matas.
E Riobaldo continua contando o que lhe ocorreu quando era jagunço e se apaixonou por um amigo, que não poderia gostar assim daquele modo dele. Fala de seu chefe do bando Medeiros Vaz sempre perseguido pelos soldados do Governo. Riobaldo passou a respeitá-lo e também percebeu quando ele vinha meio doente. Escalado, parte pra combate e diz que só no último derradeiro é que clareiam a sala.
"Digo: o real não está na saída e nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia." p.64
Em conversa vai enumerando todos os jagunços que morreram.
" ...a Bahia estava cercada nas portas." p.68
Aos poucos vamos percebendo que Riobaldo narra sua saga mas o autor nos leva a crer que estamos combatendo juntos, no presente e, não que o texto fosse o protagonista relembrando.
Procuramos por Medeiros Vaz mas ninguém sabia dele
"Agora, por aqui, o senhor já viu: Rio é só o São Francisco, o Rio do Chico. ...O resto pequeno é vereda." p.74
Medeiros Vaz morreu em dia de chuva e escolher outro chefe foi motivo de muita prosa. Falou-se em Riobaldo, em Diadorim mas o indicado foi Marcelino Pampa.
Diadorim dizia palavras delicadas:
"Eu precisava. Tem horas em que penso que a gente carecia, de repente, de acordar de alguma espécie de encanto." p. 84
No outro bando tinha um homem grande e forte , de nome Davidão, que passou a ter medo de morrer e aí narra uma história inventado por um homem, dentro do seu relato. Riobaldo se encantou com as ideias que tiveram que perguntado sobre qual foi o fim dos dois personagens respondeu:
"Pelejar por exato, dá erro contra a gente. Não se queira. Viver é muito perigoso..." p.85
Chegou ao bando um homem mais cinco jagunços. Era Zé Bebelo, que reconheceu Riobaldo e quria se unir ao bando para vingar a morte de Joca Ramiro. Ele considerou: ...então cá é meus exércitos..." p.89 e acrescentou;
"Só sei ser chefe." p.90
Marcelino Pampa e todo o bando concordou e ele foi logo dividindo os pertences de Medeiros Vaz, .passou a saber da história de cada jagunço e a ter conhecimento sobra as gerais. Fez planos de ataque e era chefe temido e corajoso. Denominou-se Zé Bebelo Vaz Ramiro. Dividiu o bando e convocou a todos para atacar o inimigo mas que fossem todos "... devagarinho, feito rondando quarto de doente." p. 96
Ao moço Riobaldo também contou que gostou de Nhorinha, garota de programa e que ela havia lhe escrito uma carta que demorou oito anos para chegar as suas mãos, através de um homem que tinha doença de toque p. 99. A carta veio suja, rasgada, mais que lida. E que nesse tempo ela já poderia ter se casado ou morrido.
Riobaldo passou a narrar sua história quando conheceu um amigo, os passeios que fizeram juntos e o autor faz aí uma bela descrição das belezas dos lugares as margens do de-Janeiro- flores, pássaros. animais, até chegarem ao Chico e do medo que sentiu quando o canoeiro disse que aquela embarcação era feita de peroba e que se virasse afundava toda. O menino corajoso, companheiro no passeio, disse:
"Carece de ter coragem..." p. 106
Diadorim pediu ao conoeiro que parasse e foi com Riobaldo para a vargem, sentaram e comeram. Riobaldo teve vontade de urinar e o amigo lhe pediu que fosse para longe dali, Saíram daquele lugar quando chegou um homem que fazendo troça dizia que queria também. Diadorim chamou-o para bem perto , sacou de sua faca e atingiu o homem que saiu correndo dali.. Diadorim perguntou se ele nunca tinha medo e, ele respondeu:
"Sou diferente de todo mundo. Meu pai disse que eu careço de ser diferente, muito diferente,,,"p.109
Diadorim continuou contando que sua mãe morreu num dia de chuva.e com a morte dela sua vida se modificara..
"Amanheci mais" p.111
Mais tarde partiu com uma rede, uma imagem de santo de pau, um caneco, um cobertor e uma muda de roupa. Foi com seu vizinho que o levou para a Fazenda São Gregório, do meu padrinho que me recebeu dizendo:
"De não ter conheciso você, destes anos todos, purgo meus arrependimentos." p.111
Meu padrinho gostava de contar casos.
E Riobaldo continuo contando ao moço que quando os bandos chegavam nos locais, invadiam, saqueavam, roubavam, matavam e mandavam tocar o sino da igreja. Também soltavam os presos. Meu padrinho queria que eu aprendesse a atirar e também me mandou a Curralinho para aprender a ler.. fala também das mulheres e conta que aprendeu muitas safadezas.
Meu tio vinha me ver e trazia doces de burití, aratiaím, requeijão e marmelada.
narra que quando seu padrinho morreu lhe deixou duas fazendas.
Quando cheguei em Curralinho meu tio vinha me buscar e aí presenciei cena onde seus homens que não eram jagunços mas também encomendavam serviços a políticos.
Certo dia o bando de Joca Ramiro chegou e queria ficar ali. meu padrinho os encaminhou para o pôço do Cambaùbal e logo mais homens chegaram em seus cem cavalos. Ali devia estar os homens mais temidos do sertão e eu os conduzi até o local indicado por meu padrinho. Logo chegaram os tropeiros com um lote de dez mulas com os cargueiros e só depois meu padrinho chegou com Joca Ramiro.Eles partiram a noite.
eu padrinho tinha admiração e fazia elogios ao Joca Ramiro, como sendo homem corajoso, bonito, forte e dada essas qualidades seu bando poderia
"...impor caráter ao Governo." p, 121
Riobaldo fala de saudade e tristezas em seus versos. Conta também que seu padrinho Selorico Mendes o tratava muito bem e que nem de trabalhar ele carecia. Dava dinheiro e o considerava. Ouviu falar que seu padrinho era seu pai.resolveu partir dali e foi para Cirralim p,123
pensou que poderia ir para diversos lugares mas considerou que se fosse para casa de conhecidos, seu padrinho iria saber e viria buscá-lo mas uqe era isso mesmo que Riobaldo queria.
Um dia pediu a Seu Vupes:
"Seo Vupes, o senhor não quer me ajustar, em seu serviço?" p.125
Níquetes!, era o que ele sempre dizia.
Saiu dali e foi para a casa de mestre Lucas que me perguntou e eu disse que havia saído da casa de meu padrinho porque queria estudar e começar vida nova. Mestre Lucas respondeu:
"Riobaldo, pois você chega em feita ocasião!" p. 126
É que Mestre Lucas precisava de alguém que ensinasse muitas matérias. Riobaldo foi até o Palhão e avistou o dono. Ele era o Zé Bebelo que queria as aulas. Em um mês já havia aprendido tudo e podia até ensinar. Eles ficaram amigos e Zé Bebelo queria-o como secretário, pois ele queria ser deputado. Quando Riobaldo ouvia a fala da proposta política "Ia me enojando. Porque completava sempre a mesma coisa". p.131
Entretanto foi se acostumando aquela vida com mulheres, roupas e sapato.
O bando de Zé Bebelo partiu e ele me queria por perto com canete e papel para anotar tudo.Muito alegrava aquela vida de um dia estar aqui, noutro acolá., até chegarmos em Pedra- Branca, onde fiquei.
Ele veio contando que em Brasilia tinha visto Hermógenes, mas que na batalha ele acabou fugindo.
Via aquela gente sofrida e tinha muita pena deles. Zé Bebelo disse que não carecia de ter pena pois:
"O que demasia na gente é a força feia do sofrimento, própria, não é a qualidade do sofrente." p.134
Enquanto cavalgávamos perguntei sobre Joca Ramiro. Ele fêz alguns comentários elogiosos a bravura e perícia dele. No caminho entre o Condado e a Lontra, foi só fogo cruzado, muita briga e acabamos vencedores.
Riobaldo diz que estava na batalha e fugiu pois que não concordava com as atrocidades. Bem que poderia ter comunicado a Zé Bebelo. Viajou num rumo incerto e deitou com uma mulher. p.136 Para eu voltar ela iria ascender uma foguera. Fui ao encontro do pai dela. Ele fêz muitas perguntas, disse que não gostava de soldados e perguntou a Riobaldo sobre Joca Ramiro e ele disse que lhe era fiel e que então não poderia ficar com Zé Bebelo. Contou algumas coisas a respeito de seu padrinho. Ele me hospedou a contra gosto. mais tarde chegaram três homens a quem ele contou tudo que Riobaldo havia falado. Eles também fizeram perguntas e queriam saber porque eu não oa ao encontro de Joca Ramiro. Mais um tempo se passou e chegou outro homem e esse ers o MENINO. p.138
Parecia que ele não queria entrar na amizade.
Era matança para todos os lados e Riobaldo - " eu não pertencia não se chegava e parecia não guardava fé e nem fazia parte." p.142
Fala de Diadorim:
"Era ele estar perto de mim, e nada me faltava." p.146
Saímos para Serra-da-Onça, onde teria tropa de soldados. Ficamos cinco dias na casa do preto, aguardando hora de avançar com as armas. Saímos da casa do preto e andamos tr~es léguas e veio Titão Passos a fazer perguntas e já iríamos enfrentar a tropa de Zé Bebelo e todos que nos viam enviavam a ele denúncias pois que todos queriam matar os jagunços.. Mesmo morrendo queríamos chegar com as armas até Joca Ramiro. Eu sabia de muitas coisas deles mas não queria trair Joca Ramiro. p.150
Pensei - quem eu era. De que lado estava- de Zé Bebelo ou Joca Ramiro.
"Eu era de mim," p.151
Titão Bastos disse que eu lhe servia bem e que se encontrasse os homens de Joca Ramiro, era para falar com eles que eu estava levando essa tropa. Fiquei todo orgulhoso mas logo Titão disse que se eles descobrissem que fui eu um desertor, que eles me matariam. e se gente do Zé Bebelo passasse ali armada me pegavam. e Riobaldo ficou com muito medo.. Aos poucos o medo foi passando e pela manhã só fiz o que achava melhor. De mim vinham uns rangidos feito que eu tivesse ira de todos.. Reinaldo pensava que eu estava amofinado mas eu não estava e quanto mais eu mostrava minha dureza, mais perto de mim ele chegava e foi num desses momentos que ele fêz a revelação de que seu nome era Diadorim e queria que o amigo o chamasse assim.
Saímos para a barra :
"A amizade dele, ele me dava. E amizade dada é amor." p.156
Quando Riobaldo relembra quando conheceu Otacília, lembra-se também como conheceu Diadorim
Foram até o campo de hermógenes, aquilo era um inferno, mas com três dias me acostumei.
A noite um pé de fogo e conversas. Algu´em explicava os combates com Zé Bebelo e nós o nosso. p.159
Um homem se engraçou com Diadorim e ele lhe deu uns sopapos e eu peguei meu revólver mas não carecia de briga no momento..depois os dois morreram e todos achavam que fui eu que matei.
Fui jogar bilhar e Aduvinho me ensinava, e os outros riam e me punham apelido.
"No que foi, no que me vi, no acampo de Hermógenes" p. 163 em situação de guerra. Me aceitaram. Vi como eles afiavam o facão nos dentes e queriam afiar o meu facão Também nos meus dentes mas reagi:
"Eu acho que, para se ser valente, não carece de figurativos." p.165
Riobaldo conta que lá tudo era fartura em comida e monições. Nem precisava carregar aquelas armas todos pois ali tinha de sobra.
Era 1996, quando os serranos atacaram , invadiram e tomaram São Francisco. Os homens reagiram e o combate durou 3 horas. O Hermógenes mandava em nós todos. Mas uns 50 obedeciam a João Goanhá e um outro grupo ao Ricardão. Vinha também Sô Candelário com seus homens e se esperava pelo chefe maior- o Joca Ramiro.
O regime de Zé bebelo era totalmente diferente pois tudo se tratava em segredo. Um dia pegaram todos os animais para pastarem em Ribeirão Poço Triste mas para mim esse nome era inventado para enganar. Tive que entregar meu cavalo e seguimos a pé mas eu fiquei desconfortável tendo que carregar muitas coisas. Então perguntei pra um dos homens onde colocar tantas coisas no que ele respondeu para eu jogar fora. Quando eles preparavam o churrasco eu não gostava daquilo e queria sim aquele guisado bem preparado, frango com quiabo e me veio saudade de São Gregório. Diadorim percebeu tudo:
"Riobaldo, tem tempos melhores."p.169
Guardava meu dinheiro que Zé Bebelo nos pagava direito.
Pensa em matar Hermógenes e se pergunta como pode Joca Ramiro ter um homem assim em sua tropa. Diadorim entretanto acha que Hermógenes é fiel.
Zé bebelo enviou um homem para espreitá-los e ele foi morto. Entendi um pouco mais a jagunçagem. Sô Candel´rio era homem bom mas incentivava seus jagunços à maldade.
Não queria que os homens percebessem que dou mole mas sentia que não nasci pra ser jagunço.
Hermógenes marava para seu próprio prazer.Às vezes olhava seus olhos , suas mãos, percebia sua maldade e tinha nojo dele. Comparava-o a Zé Bebelo de quem eu gostava como se fosse um pai. Torcia para que ele vencesse sempre pois achava o mais correto. Queria que ele acabasse com os jagunços.
Quanto a Hermógenes , Diadorim dizia que para combater com Zé ebelo e os cachorros do Goverso era preciso ser assim como Hermógenes.
Confirmei meu pensamento de que eu era diferente de todos dali.
Um pai jagunço de nome Antenor, homem muito ligado ao Hermógenes, queria saber que apreço eu tinha de Joca Ramiro
Observando como o bando se comportava, comecei a pensar que Joca Ramiro não devia ficar tanto tempo assim longe , pois seus jagunços pensavam que ele os havia abandonado. É que por ser homem muito bem relacionado, ele ficava na casa de políticos e fazendeiros. O que se falou também é que Joca Ramiro estava conseguindo coisas e punha toda confiança em Hermógenes, p.178
m
Entraram pela mata e mais tarde falaram em dormir, Antes disso Diadorim fala:
"Pois dorme, Riobaldo, tudo há de resultar bem..." p.50
Embrenhados nas matas, cheios de fome, os homens de Medeiros Vaz mataram um macaco para alimento. Logo concluíram que não era um macaco que comiam mas sim José Alves, inteiramente nu, vagando pelas matas.
E Riobaldo continua contando o que lhe ocorreu quando era jagunço e se apaixonou por um amigo, que não poderia gostar assim daquele modo dele. Fala de seu chefe do bando Medeiros Vaz sempre perseguido pelos soldados do Governo. Riobaldo passou a respeitá-lo e também percebeu quando ele vinha meio doente. Escalado, parte pra combate e diz que só no último derradeiro é que clareiam a sala.
"Digo: o real não está na saída e nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia." p.64
Em conversa vai enumerando todos os jagunços que morreram.
" ...a Bahia estava cercada nas portas." p.68
Aos poucos vamos percebendo que Riobaldo narra sua saga mas o autor nos leva a crer que estamos combatendo juntos, no presente e, não que o texto fosse o protagonista relembrando.
Procuramos por Medeiros Vaz mas ninguém sabia dele
"Agora, por aqui, o senhor já viu: Rio é só o São Francisco, o Rio do Chico. ...O resto pequeno é vereda." p.74
Medeiros Vaz morreu em dia de chuva e escolher outro chefe foi motivo de muita prosa. Falou-se em Riobaldo, em Diadorim mas o indicado foi Marcelino Pampa.
Diadorim dizia palavras delicadas:
"Eu precisava. Tem horas em que penso que a gente carecia, de repente, de acordar de alguma espécie de encanto." p. 84
No outro bando tinha um homem grande e forte , de nome Davidão, que passou a ter medo de morrer e aí narra uma história inventado por um homem, dentro do seu relato. Riobaldo se encantou com as ideias que tiveram que perguntado sobre qual foi o fim dos dois personagens respondeu:
"Pelejar por exato, dá erro contra a gente. Não se queira. Viver é muito perigoso..." p.85
Chegou ao bando um homem mais cinco jagunços. Era Zé Bebelo, que reconheceu Riobaldo e quria se unir ao bando para vingar a morte de Joca Ramiro. Ele considerou: ...então cá é meus exércitos..." p.89 e acrescentou;
"Só sei ser chefe." p.90
Marcelino Pampa e todo o bando concordou e ele foi logo dividindo os pertences de Medeiros Vaz, .passou a saber da história de cada jagunço e a ter conhecimento sobra as gerais. Fez planos de ataque e era chefe temido e corajoso. Denominou-se Zé Bebelo Vaz Ramiro. Dividiu o bando e convocou a todos para atacar o inimigo mas que fossem todos "... devagarinho, feito rondando quarto de doente." p. 96
Ao moço Riobaldo também contou que gostou de Nhorinha, garota de programa e que ela havia lhe escrito uma carta que demorou oito anos para chegar as suas mãos, através de um homem que tinha doença de toque p. 99. A carta veio suja, rasgada, mais que lida. E que nesse tempo ela já poderia ter se casado ou morrido.
Riobaldo passou a narrar sua história quando conheceu um amigo, os passeios que fizeram juntos e o autor faz aí uma bela descrição das belezas dos lugares as margens do de-Janeiro- flores, pássaros. animais, até chegarem ao Chico e do medo que sentiu quando o canoeiro disse que aquela embarcação era feita de peroba e que se virasse afundava toda. O menino corajoso, companheiro no passeio, disse:
"Carece de ter coragem..." p. 106
Diadorim pediu ao conoeiro que parasse e foi com Riobaldo para a vargem, sentaram e comeram. Riobaldo teve vontade de urinar e o amigo lhe pediu que fosse para longe dali, Saíram daquele lugar quando chegou um homem que fazendo troça dizia que queria também. Diadorim chamou-o para bem perto , sacou de sua faca e atingiu o homem que saiu correndo dali.. Diadorim perguntou se ele nunca tinha medo e, ele respondeu:
"Sou diferente de todo mundo. Meu pai disse que eu careço de ser diferente, muito diferente,,,"p.109
Diadorim continuou contando que sua mãe morreu num dia de chuva.e com a morte dela sua vida se modificara..
"Amanheci mais" p.111
Mais tarde partiu com uma rede, uma imagem de santo de pau, um caneco, um cobertor e uma muda de roupa. Foi com seu vizinho que o levou para a Fazenda São Gregório, do meu padrinho que me recebeu dizendo:
"De não ter conheciso você, destes anos todos, purgo meus arrependimentos." p.111
Meu padrinho gostava de contar casos.
E Riobaldo continuo contando ao moço que quando os bandos chegavam nos locais, invadiam, saqueavam, roubavam, matavam e mandavam tocar o sino da igreja. Também soltavam os presos. Meu padrinho queria que eu aprendesse a atirar e também me mandou a Curralinho para aprender a ler.. fala também das mulheres e conta que aprendeu muitas safadezas.
Meu tio vinha me ver e trazia doces de burití, aratiaím, requeijão e marmelada.
narra que quando seu padrinho morreu lhe deixou duas fazendas.
Quando cheguei em Curralinho meu tio vinha me buscar e aí presenciei cena onde seus homens que não eram jagunços mas também encomendavam serviços a políticos.
Certo dia o bando de Joca Ramiro chegou e queria ficar ali. meu padrinho os encaminhou para o pôço do Cambaùbal e logo mais homens chegaram em seus cem cavalos. Ali devia estar os homens mais temidos do sertão e eu os conduzi até o local indicado por meu padrinho. Logo chegaram os tropeiros com um lote de dez mulas com os cargueiros e só depois meu padrinho chegou com Joca Ramiro.Eles partiram a noite.
eu padrinho tinha admiração e fazia elogios ao Joca Ramiro, como sendo homem corajoso, bonito, forte e dada essas qualidades seu bando poderia
"...impor caráter ao Governo." p, 121
Riobaldo fala de saudade e tristezas em seus versos. Conta também que seu padrinho Selorico Mendes o tratava muito bem e que nem de trabalhar ele carecia. Dava dinheiro e o considerava. Ouviu falar que seu padrinho era seu pai.resolveu partir dali e foi para Cirralim p,123
pensou que poderia ir para diversos lugares mas considerou que se fosse para casa de conhecidos, seu padrinho iria saber e viria buscá-lo mas uqe era isso mesmo que Riobaldo queria.
Um dia pediu a Seu Vupes:
"Seo Vupes, o senhor não quer me ajustar, em seu serviço?" p.125
Níquetes!, era o que ele sempre dizia.
Saiu dali e foi para a casa de mestre Lucas que me perguntou e eu disse que havia saído da casa de meu padrinho porque queria estudar e começar vida nova. Mestre Lucas respondeu:
"Riobaldo, pois você chega em feita ocasião!" p. 126
É que Mestre Lucas precisava de alguém que ensinasse muitas matérias. Riobaldo foi até o Palhão e avistou o dono. Ele era o Zé Bebelo que queria as aulas. Em um mês já havia aprendido tudo e podia até ensinar. Eles ficaram amigos e Zé Bebelo queria-o como secretário, pois ele queria ser deputado. Quando Riobaldo ouvia a fala da proposta política "Ia me enojando. Porque completava sempre a mesma coisa". p.131
Entretanto foi se acostumando aquela vida com mulheres, roupas e sapato.
O bando de Zé Bebelo partiu e ele me queria por perto com canete e papel para anotar tudo.Muito alegrava aquela vida de um dia estar aqui, noutro acolá., até chegarmos em Pedra- Branca, onde fiquei.
Ele veio contando que em Brasilia tinha visto Hermógenes, mas que na batalha ele acabou fugindo.
Via aquela gente sofrida e tinha muita pena deles. Zé Bebelo disse que não carecia de ter pena pois:
"O que demasia na gente é a força feia do sofrimento, própria, não é a qualidade do sofrente." p.134
Enquanto cavalgávamos perguntei sobre Joca Ramiro. Ele fêz alguns comentários elogiosos a bravura e perícia dele. No caminho entre o Condado e a Lontra, foi só fogo cruzado, muita briga e acabamos vencedores.
Riobaldo diz que estava na batalha e fugiu pois que não concordava com as atrocidades. Bem que poderia ter comunicado a Zé Bebelo. Viajou num rumo incerto e deitou com uma mulher. p.136 Para eu voltar ela iria ascender uma foguera. Fui ao encontro do pai dela. Ele fêz muitas perguntas, disse que não gostava de soldados e perguntou a Riobaldo sobre Joca Ramiro e ele disse que lhe era fiel e que então não poderia ficar com Zé Bebelo. Contou algumas coisas a respeito de seu padrinho. Ele me hospedou a contra gosto. mais tarde chegaram três homens a quem ele contou tudo que Riobaldo havia falado. Eles também fizeram perguntas e queriam saber porque eu não oa ao encontro de Joca Ramiro. Mais um tempo se passou e chegou outro homem e esse ers o MENINO. p.138
Parecia que ele não queria entrar na amizade.
Era matança para todos os lados e Riobaldo - " eu não pertencia não se chegava e parecia não guardava fé e nem fazia parte." p.142
Fala de Diadorim:
"Era ele estar perto de mim, e nada me faltava." p.146
Saímos para Serra-da-Onça, onde teria tropa de soldados. Ficamos cinco dias na casa do preto, aguardando hora de avançar com as armas. Saímos da casa do preto e andamos tr~es léguas e veio Titão Passos a fazer perguntas e já iríamos enfrentar a tropa de Zé Bebelo e todos que nos viam enviavam a ele denúncias pois que todos queriam matar os jagunços.. Mesmo morrendo queríamos chegar com as armas até Joca Ramiro. Eu sabia de muitas coisas deles mas não queria trair Joca Ramiro. p.150
Pensei - quem eu era. De que lado estava- de Zé Bebelo ou Joca Ramiro.
"Eu era de mim," p.151
Titão Bastos disse que eu lhe servia bem e que se encontrasse os homens de Joca Ramiro, era para falar com eles que eu estava levando essa tropa. Fiquei todo orgulhoso mas logo Titão disse que se eles descobrissem que fui eu um desertor, que eles me matariam. e se gente do Zé Bebelo passasse ali armada me pegavam. e Riobaldo ficou com muito medo.. Aos poucos o medo foi passando e pela manhã só fiz o que achava melhor. De mim vinham uns rangidos feito que eu tivesse ira de todos.. Reinaldo pensava que eu estava amofinado mas eu não estava e quanto mais eu mostrava minha dureza, mais perto de mim ele chegava e foi num desses momentos que ele fêz a revelação de que seu nome era Diadorim e queria que o amigo o chamasse assim.
Saímos para a barra :
"A amizade dele, ele me dava. E amizade dada é amor." p.156
Quando Riobaldo relembra quando conheceu Otacília, lembra-se também como conheceu Diadorim
Foram até o campo de hermógenes, aquilo era um inferno, mas com três dias me acostumei.
A noite um pé de fogo e conversas. Algu´em explicava os combates com Zé Bebelo e nós o nosso. p.159
Um homem se engraçou com Diadorim e ele lhe deu uns sopapos e eu peguei meu revólver mas não carecia de briga no momento..depois os dois morreram e todos achavam que fui eu que matei.
Fui jogar bilhar e Aduvinho me ensinava, e os outros riam e me punham apelido.
"No que foi, no que me vi, no acampo de Hermógenes" p. 163 em situação de guerra. Me aceitaram. Vi como eles afiavam o facão nos dentes e queriam afiar o meu facão Também nos meus dentes mas reagi:
"Eu acho que, para se ser valente, não carece de figurativos." p.165
Riobaldo conta que lá tudo era fartura em comida e monições. Nem precisava carregar aquelas armas todos pois ali tinha de sobra.
Era 1996, quando os serranos atacaram , invadiram e tomaram São Francisco. Os homens reagiram e o combate durou 3 horas. O Hermógenes mandava em nós todos. Mas uns 50 obedeciam a João Goanhá e um outro grupo ao Ricardão. Vinha também Sô Candelário com seus homens e se esperava pelo chefe maior- o Joca Ramiro.
O regime de Zé bebelo era totalmente diferente pois tudo se tratava em segredo. Um dia pegaram todos os animais para pastarem em Ribeirão Poço Triste mas para mim esse nome era inventado para enganar. Tive que entregar meu cavalo e seguimos a pé mas eu fiquei desconfortável tendo que carregar muitas coisas. Então perguntei pra um dos homens onde colocar tantas coisas no que ele respondeu para eu jogar fora. Quando eles preparavam o churrasco eu não gostava daquilo e queria sim aquele guisado bem preparado, frango com quiabo e me veio saudade de São Gregório. Diadorim percebeu tudo:
"Riobaldo, tem tempos melhores."p.169
Guardava meu dinheiro que Zé Bebelo nos pagava direito.
Pensa em matar Hermógenes e se pergunta como pode Joca Ramiro ter um homem assim em sua tropa. Diadorim entretanto acha que Hermógenes é fiel.
Zé bebelo enviou um homem para espreitá-los e ele foi morto. Entendi um pouco mais a jagunçagem. Sô Candel´rio era homem bom mas incentivava seus jagunços à maldade.
Não queria que os homens percebessem que dou mole mas sentia que não nasci pra ser jagunço.
Hermógenes marava para seu próprio prazer.Às vezes olhava seus olhos , suas mãos, percebia sua maldade e tinha nojo dele. Comparava-o a Zé Bebelo de quem eu gostava como se fosse um pai. Torcia para que ele vencesse sempre pois achava o mais correto. Queria que ele acabasse com os jagunços.
Quanto a Hermógenes , Diadorim dizia que para combater com Zé ebelo e os cachorros do Goverso era preciso ser assim como Hermógenes.
Confirmei meu pensamento de que eu era diferente de todos dali.
Um pai jagunço de nome Antenor, homem muito ligado ao Hermógenes, queria saber que apreço eu tinha de Joca Ramiro
Observando como o bando se comportava, comecei a pensar que Joca Ramiro não devia ficar tanto tempo assim longe , pois seus jagunços pensavam que ele os havia abandonado. É que por ser homem muito bem relacionado, ele ficava na casa de políticos e fazendeiros. O que se falou também é que Joca Ramiro estava conseguindo coisas e punha toda confiança em Hermógenes, p.178
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