Imprudência
A sombra
cobria o rosto
daquela bela mulher.
Seu desejo nunca fora
contrariado.
Foi pensando assim
que desceu lentamente aquela
pequena
e estreita rua,que a levava
até a praça.
Haveria de encontrá-lo
e cometeria um requinte de
imprudência
sem nem mesmo saber do que se
tratava.
Tinha os cabelos negros,
compridos e bem tratados;
unhas feitas em vermelho; vestido
curto e justo
que mostrava suas curvas bem definidas.
Estava levemente maquiada.
Os homens em pequenos grupos
na alameda, sob as árvores,
contavam casos e flertavam
com as mulheres.
Estas
passeavam pela rua
de braços dados em perfeita sintonia.
O namorado chega e ao
cumprimentá-la
aproxima seu rosto para perto.
Num instante ela lembra-se da
imprudência
e lhe dá um beijo na boca, de
língua.
Naquela época,
isso era um escândalo!
Muito bom!Certos amores, momentos, nos levam ao pleno da vida, às ousadias.
ResponderExcluirElô