Casos
A medida que
brincava com os netos, vinha a vontade de contar-lhes aquelas histórias
experimentadas na roça e na cidade na companhia da família e amigos.
Queria falar que brincadeiras de roda, e só hoje percebo, têm tantos significados. Elas
são a lembrança contada de geração a geração, advindas da vivência de portugueses, africanos e índios, aqui no
nosso país. iniciando assim as narrativas de nossas tradições. Queria que meus
netos soubessem de detalhes interessantes como na brincadeira de “Escravos de
Jó”, uma forma que escravos inventaram, construindo seu código particular de linguagem, a fim de prepararem a fuga livrando-se dos
castigos e dos trabalhos forçados por seus senhores. Que havia brincadeira de
pular corda; de pique esconde, queimado, bola de gude, passa anel, pião, peteca e tantas outras mais.
O que seria mito, o que seria lenda?
O que seria mito, o que seria lenda?
Motivada pelas
lembranças dos passeios no carro de bois com seu barulho característico, as
festas de Reis, o bumba meu boi, as procissões e muitas histórias de arrepiar,
fui escrevendo.
A princípio tratava-se de um projeto modesto com alguns textos que seriam impressos. Entretanto ele foi tornando vulto e
terminei por escrever o livro “Casos”.
Testemunhas
daqueles belos tempos, alguns amigos, participaram também do meu livro.
Luzia
ResponderExcluirHoje terminei de ler Casos. Um delicioso relato de sua vida. Curiosamente ontem acabara de escrever trabalho semelhante, que você lerá em breve.
Abraços do amigo
Luiz Calheiros.