terça-feira, 19 de março de 2013
João Guimarães Rosa
Guimarães Rosa -
Aprendeu muito cedo: francês, holandês, alemão, finlandês sueco e grego. Sabia também árabe, hebraico e japonês Fez o curso secundário em Belo Horizonte e aos 16 anos, em 1929, foi para o Rio estudar medicina, formando-se em 1934.
Estudioso e capaz foi encorajado a ingressar na carreira diplomática e assim em 1934 fez concurso para o Ministério do Exterior. Serviu como cônsul adjunto em Hamburgo. Foi internado em Baden-Baden quando o Brasil declarou guerra à Alemanha.
Favoreceu a fuga de judeus perseguidos pelo nazismo.
Ainda muito jovem observava a nossa fauna e flora, ao levar gado para fazendas em Minas Gerais. Sua atenção voltada para o modo de viver do povo e as nossas riquezas naturais, serviram de inspiração para em 1956, escrevesse Grande Sertão:Veredas. O vocabulário utilizado na narrativa é próprio do homem do sertão com palavras diferenciadas, bem próprias daquela gente simples.Ele inventa palavras com liberdade e magia e diz ser esta obra, uma "autobiografia irracional". Escreve de modo que nos faz curiosos dado o ritmo que empreende a sua narrativa.
Em 1963 passa a fazer parte da Academia Brasileira de Letras, onde tomou posse uns dias antes de sua morte
.
Trata em seus textos do sagrado, do divino, de Deus e também do diabo. Trata da realidade, trazendo suas impressões da vida e da fala do homem do campo, renovando a linguagem regionalista. Muitas vezes é surrealista.
Nasceu em 27/06/1908 e morreu em 17/11/1967.
O livro proposto para leitura em grupo é Grande Sertão: Veredas e para entendemos essa leitura é importante situarmos-nos na cultura brasileira- um pouco de mitologia , muita poesia e um ritmo que nos
prende ao texto. Ele fala do sertanejo e seu modo próprio de se expressar.
"Me revejo de tudo, daquele dia a dia", diz Graciliano.
"Sertão é isso, o senhor sabe: tudo incerto, tudo certo."
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